por Sérgio Mendes » 17/Jun/2011, 17:23
10 Jogadores de topo falam sobre como melhoraram o seu jogo
Charlie Bryant
Em que tem trabalhado?
No meu jogo mental. Às vezes é difícil de controlar as emoções quando alguém tem sorte e consegue terminar o jogo. Essa é uma das coisas que me é difícil. E fico desapontado comigo quando faço erros estúpidos. Eu li um livro chamado “O Limite Mental” (“The Mental Edge”), e ajudou-me muito em técnicas de respiração. E digo frases como ENFRENTA O MEDO, o que significa “Ao sentir raiva, controla a emoção” e “Foca os esforços em resultados.”
Como mudou o seu jogo desde que começou?
Eu aprendi em como confiar na minha tacada a velocidades suaves, como os Filipinos. Existem só alguns poucos Americanos que conseguem confiar na sua tacada a uma velocidade mais suave, porque existe mais espaço para erro devido a movimento para a esquerda ou para a direita do braço atrás. Para primeiro praticar, eu encurtei a minha flecha aproximadamente 10 centímetros onde eu não conseguiria executar a tacada fortemente ou a bola com excessiva força. Sempre que a tacada é executada acima disso, a tendência é para executar uma tacada demasiado forte; vai ser usado mais prolongar do taco do que realmente é necessário.
Tony Crosby
Está em ascensão. Como?
Este ano tive muito mais tempo na mesa, e isso é realmente visível. As coisas estão um pouco mais estáveis em casa com a família, com dois pequenos miúdos. Eles dormem durante a noite agora, o que é uma grande ajuda. Há três anos, parecia um “zombie” à volta da mesa… Venci praticamente quase todos os campeões mundiais nos últimos dois anos. É simplesmente confiança acima de tudo. Quanto mais se joga, mais confiante se fica, mais facilmente se vêem as coisas na mesa. Quando eu não estava a jogar tantas vezes há dois anos e ia para os torneios cansado, tornei o jogo difícil para mim. Não via as jogadas correctas. Ainda conseguia muitas vezes escapar, simplesmente cumpria as tacadas e ganhava, mas a caminho do fim do torneio, começava a desaparecer. Era vencido por exaustão mental. Agora sinto-me a estar mentalmente mais forte.
Em que deve trabalhar?
Devo trabalhar bastante mais nas minhas defesas. Sou um jogador de ataque, e jogadores de ataque tendem a não defender tanto quanto deviam.
Mika Immonen
Em que pode trabalhar para melhorar o seu jogo?
Penso no meu ritmo. Tenho de descobrir qual é o ritmo perfeito e quantos balanceares realmente eu quero necessitar antes de eu puxar o gatilho. Às vezes apresso uma jogada, faço dois balanceares e falho a bola. E então vou-me lembrando, fazer pelo menos três balanceares. Mas eu penso que devo pegar em alguma coisa específica que funciona para mim, em vez de um número aleatório. … No outro dia, o Rodney Morris estava a treinar e estava com os seus auscultadores, e perguntei-lhe o que estava a ouvir. Existia algum tipo de música a tocar ali que tinha um certo ritmo, porque ele costumava ouvir aquilo quando estava a jogar no seu melhor. É principalmente sobre encontrar aquele ritmo específico quando se anda à volta da mesa e aproximar de cada jogada e tudo cai no seu espaço. Não é necessariamente sobre a quantidade de balanceares, mas apenas como avaliar a situação e manter relaxado e simplesmente apreciar-se. Às vezes uma pessoa perde-se na batalha, e é frustrante.
Tony Chohan
É conhecido como um jogador a dinheiro. Porque joga torneios?
Não é ganho reconhecimento a não ser que se vença um - grande - torneio, e por isso anda tudo atrás desse objectivo. O dinheiro não é assim tão mau como acima de tudo, mas são as coisas que vêm a acompanhar com vencer o torneio que todos querem, como ser convidado para certos torneios com dinheiro assegurado.
Como mudou o seu jogo nos últimos anos?
Eu diria que estou mais inteligente no que diz à escolha das jogadas. Jogo com mais frequência as percentagens. Pergunto, pode alguma coisa correr mal? Sou mais cuidadoso. Tem feito com que jogue melhor, de certeza. Se for procurado olhar para todos os ângulos e trajectos, é encontrado o melhor caminho, e se alguma coisa de bom pode ser tirada daí.
O que mudaria?
Punha frequentemente mais giz no taco. Colocava-me num modo, e não quero pôr giz no taco. De longe a longe vai acontecer falhar a tacada ao não colocar giz. Mas fico tão preguiçoso, porque só estou a correr à volta da mesa. Não gosto de abrandar.
Allison Fisher
O que faz para praticar?
Gerda Hofstatter, Kim Shaw e eu jogamos partidas.
Essa aproximação é suficiente para o jogador que não deseja fazer exercícios?
No inicio da minha carreira, a jogar “snooker”, eu fazia exercícios todos os dias. Diria que eles são necessários. Se é possível fazê-los, devem ser feitos para melhorar. Ao fazer exercícios, pode ser mesmo pensado sobre o que se está a fazer e sentir isso, sem ter a pressão de falhar. Pode-se repetir, repetir e repetir até sentir mesmo certo. Quanto mais isso afunda no subconsciente, não vai ser necessário pensar sobre isso num jogo. Quando se está com dificuldades, é necessário voltar aos próprios fundamentais, e só pode ser praticado o básico ao fazer exercícios, não se quer começar a fazer isso num jogo.
A que presta atenção quando faz jogos para praticar?
Acaba por se resumir a mecânica. Fiquei tensa? Eu agarrei o taco demasiado apertado? Terminei a tacada a direito? Estou sempre a prestar atenção a isso.