por Sérgio Mendes » 20/Set/2010, 17:19
A abertura
Uma das mais saborosas e psicológicas partes do jogo é a abertura.
A abertura pode levar-nos à derrota ou vitória naquele momento de fracção de segundo.
Parar a bola branca
A habilidade de compreender a mais importante jogada, parar a bola branca, e incorporar este conhecimento na abertura é a chave.
Energia
A energia que entra é igual à energia que sai.
A quantidade e velocidade que é transferida são muito importantes.
Basicamente, é pretendido que todas as bolas no triângulo tenham fracções de energia totalizando a energia que a bola branca tinha no momento de impacto.
Se toda a energia é transferida para o triângulo, como numa jogada de parar a bola branca, esta pode ficar muito perto do centro da mesa sem energia, e portanto sem movimento, enquanto as restantes bolas chegam a um ponto de paragem.
A força, o apontar ou a velocidade não são respostas únicas. Controlo é a chave.
Força (prolongada)
A posição do corpo e o movimento ao longo da tacada vão aumentar a força.
Primeiro, o mais importante é ter o taco o mais nivelado possível.
Tendo em mente que é totalmente impossível ter o taco perfeitamente nivelado devido à tabela. Sendo isto verdade, a bola branca descola da mesa após o impacto. A distância que a bola branca viaja até aterrar de novo na superfície depende da velocidade.
Segundo, colocar a bola branca na mesa dentro do campo de habilidade do jogador.
Quanto mais afastada do ponto central (para a esquerda ou direita), mais precisão será necessária. Praticar com a bola branca perto do centro e à medida que se vai melhorando, mover em direcção à tabela. Também, colocar a bola branca suficientemente distante da tabela de forma a manter o taco o mais nivelado possível. A distância da ponte à bola branca, deve recuar uns centímetros em relação à tacada habitual. Certificar que a virola não toca na ponte ao recuar o taco.
Terceiro, colocar a sola perto da bola branca e aplicar uma posição de 90 graus em relação ao agarrar e cotovelo. Devendo continuar a formar uma posição confortável à volta do taco com os dedos apontados para o triângulo. Neste momento é necessário compreender que a força vem da forma de como o corpo se move. Perguntando-nos onde está o triângulo, a resposta é à frente. Muitos jogadores tentam fortemente abrir um triângulo que está atrás deles. Para aumentar a força, simplesmente mover o corpo para a frente, em direcção ao triângulo, durante o seguir do taco. Como nas artes marciais, um pequeno movimento do corpo para a frente vai gerar uma imensa quantidade de energia. O braço esquerdo (para jogadores que agarram o taco com a direita), deve dobrar ligeiramente na posição em que o taco está completamente recuado (pausa ou parar) e dobrar a aproximadamente 90 graus na posição inicial (sola perto da bola branca). Praticar estas posições para trás e para a frente à medida que se fica confortável e preparado. Isto vai permitir ao corpo cair para a frente durante a tacada. Dobrar ambos os joelhos e colocar os pés ligeiramente mais amplos que os ombros, enquanto se continua a ficar mais confortável e estável. Permitir fazer três ou quatro balanceares de aquecimento (muito lentamente). O tronco deve pender para trás e para a frente (acompanhando o movimento, no tornozelo do pé à frente), com o taco perto do corpo. Certificar que o corpo se move numa linha horizontal com o taco e não para cima e para baixo. Para executar a tacada, certificar de parar (ou abrandar) pelo menos um segundo na posição inicial e atrás. À medida que se termina, mover o corpo com a tacada, permitindo que todo o movimento para a frente aumente a força. Tentar ficar aceitavelmente descontraído, permitindo liberdade de movimento.
Apontar (direito)
Como se aponta é inteiramente com cada jogador. Existem muitos métodos de apontar todos parte de uma teoria. O mais importante é que a percepção seja precisa. A que apontar é realmente o mais importante. Como se lida com o apontar é construído dentro de cada um por natureza.
Primeiro, é necessário ver os dois pontos a que se vai apontar. O primeiro sendo o ponto central da bola branca e o segundo o ponto onde a bola alvo (bola 1 em bola 9) toca o pano. Este ponto é o exacto centro dessa bola. Posicionar a cabeça de forma a ver claramente estes dois pontos e desenhar uma linha imaginária através deles. Focar distâncias vai variar dependendo da visão de cada indivíduo. Quanto mais alta estiver a cabeça, mais o corpo tem tendência a subir, e por isso tentar ficar o mais baixo possível. Colocar a sola do taco um pouco abaixo do centro, o que vai ajudar a focar o ponto a apontar através do taco. O que vai evitar que a bola branca interfira com o triângulo à medida que se separa. Desta forma, a bola branca vai recuar ou saltar para trás fora do caminho e esperar que pare perto do centro da mesa. Durante os balanceares de aquecimento, seguir o caminho pretendido da bola branca, com os olhos, ponto a ponto… lentamente. Os olhos devem estar a ajustar ao tempo para focar à medida que o corpo sente a ligação. Ao pausar atrás, na execução final, ficar focado na base da bola alvo.
Velocidade (e aceleração)
A chave é manter controlo da máxima velocidade do jogador. Quanto mais controlo existir sobre o movimento do corpo, mais velocidade consegue ser gerada. A velocidade é às vezes pensada como sinónimo da aceleração. É melhor não confundir as duas. Máxima velocidade no momento que se contacta a bola branca dará ao jogador o resultado mais consistente. O pico final de aceleração baseada na máxima velocidade é encontrado quando a aceleração atinge zero. A posição máxima de velocidade está no ponto mais alto de um arco, que também é o espelho da imagem de um pêndulo perfeito. Quando isto está correcto, todas as energias têm de ser reunidas num instante. O taco deve continuar em frente sem esforço através do caminho da bola branca e num movimento descendente em direcção ao pano. A sola do taco deve continuar em frente num mínimo de 25-30 centímetros, ao longo do pano, na exacta linha de direcção que começa a 7-12 centímetros depois da posição original da bola branca. Lembrando que a velocidade determina a distância que a bola branca viaja fora da superfície da mesa. É pretendido que aterre mesmo antes do triângulo. O ponto óptimo de contacto seria atingir simultaneamente o triângulo quando a bola branca aterra. Com o taco o mais nivelado possível, no momento do impacto e a uma velocidade de 45 km/h (28 milhas), a distância que a bola branca viaja fora da mesa é de aproximadamente 1,5 metros (5 pés). Esta distância (em 9 pés) é perfeita para o jogador que consegue gerar esta quantidade de velocidade e abre da tabela. Quando o jogador não consegue gerar este tipo de velocidade, o salto da bola branca deve ser ajustada entre a velocidade e o apontar para atingir os melhores resultados possíveis. Começar com a velocidade máxima possível e ir diminuindo. Esta velocidade pode ser atingida com este conhecimento e com prática.
Muitos jogadores, hoje em dia, preferem um taco mais leve para abrir. A razão é que a ciência da abertura já percorreu um longo caminho, e uma coisa que se aprendeu é que a velocidade é mais importante do que o peso que se põe atrás no taco. É mais fácil impulsionar mais rapidamente um taco mais leve. Um taco mais leve (17-19 onças) permite mais velocidade, enquanto que um taco mais pesado gera mais efeito na bola branca. Portanto, encontrar um taco com o peso que permite a máxima velocidade sem perder o controlo.
Ao usar um balancear pendular com um agarrar descontraído deve ser possível ao jogador uma mais suave e eficaz abertura a controlar cada um destes muito importantes pontos. Observar os profissionais para completar e variar o conhecimento da abertura. Descobrir o que funciona para o próprio e ficar com isso até estar aperfeiçoado.
For once you have tasted flight you will walk the earth with your eyes turned skywards, for there you have been and there you will long to return.
Leonardo da Vinci